Ensaio sobre tudo e nada

...composições literárias breves, sobre diversos temas ou assuntos, geralmente em prosa, de carácter analítico, especulativo ou interpretativo... ou nada disto...

29.1.10

Invictus

ensaiado por Bri |

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A estratégia usada por Nelson Mandela para criar a união e o espírito de país na população branca e negra da República África do Sul depois da sua eleição como presidente. A forma como usou o rugbi, por tradição um desporto de brancos, e a equipa nacional, como os inspirou e, com isso, inspirou o país!

Um pouco de Nelson Mandela, da sua abordagem à política, da sua abordagem às pessoas e da sua incrível capacidade de perdoar…

E um pouco de África do Sul, da sua pobreza e dos seus ódios raciais tão instalados…

Realizado por Clint Eastwood com Morgan Freeman no papel de sorridente Matiba e Matt Damon de capitão da equipa de rugbi.

Gostei bastante do filme… Sai-se da sala com uma boa sensação, como que a acreditar um bocadinho mais na humanidade.

A oscilar entre o 7 e o 8, mas o Morgan Freeman e alguns pormenores valeram-lhe o 8.

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21.1.10

Os nus e os mortos

ensaiado por Bri |

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Já há algum tempo que o livro que abro para ler é o primeiro volume de “Os nus e os mortos”, o primeiro romance de Norman Mailler.

Dizem que é o melhor e mais completo romance escrito sobre a II Guerra Mundial. Se é verdade ou não, não sei! É o primeiro que leio sobre esta temática mas estou a gostar bastante, apesar de o ritmo de leitura não estar tão intenso quanto eu gostaria.

É reveladora esta perspectiva de olhar a guerra pelo lado de dentro. É certo que temos essa oportunidade inúmeras vezes com alguns dos imensos filmes que há sobre o tema, mas é certo também que muitas vezes a leitura de um livro nos faz aproximar muito mais de uma realidade do que uma película. [o que foi feito da verdade “uma imagem vale mais que mil palavras”??!!]

Durante o primeiro quarto do livro [ponto aproximado em que me encontro] o narrador vai-nos apresentando um pelotão de reconhecimento do exército americano durante a invasão da ilha japonesa Anapopei.


Durante o primeiro quarto do livro conhecemos os elementos do pelotão, alguns dos oficiais, alguns dos seus temores, o que deixaram para trás, o que tem [ou não] à espera deles e o passado de alguns deles que os tornou nas pessoas que eles são! E há pessoas para todos os gostos: boas, cruéis, racistas, duras, honestas, falsas, corajosas, medrosas, sinceras, manipuladoras, inteligentes, diminuídas, classe alta, classe baixa, com ou sem formação, há-os de esquerda e os de direita enfim … Há pessoas.

Durante o primeiro quarto do livro apercebemo-nos que uma guerra é como que um pequeno mundo. Constroem-se "habitações" numa guerra, constroem-se estradas numa guerra, travam-se batalhas pessoais numa guerra, constroem-se amizades e criam-se inimigos numa guerra, perdem-se amigos numa guerra, há aqueles de quem gostamos e aqueles de quem não gostamos numa guerra, e há também aqueles que não gostam de ninguém.

E durante o primeiro quarto do livro percebemos que numa guerra, a sensação de que cada minuto pode ser o último é constante!

"General C. -...Quando tinha a sua idade, um pouco mais, o que me preocupava era saber o que é que faz com que uma nação lute bem.

Tenente H. - Imagino que será uma espécie de identidade entre as pessoas e o país, seja por razões boas ou más.

General C. - Isso é a teoria de um historiador liberal. Ficaria surpreendido com a pouca importância desse factor. (...) Há apenas dois elementos principais. Uma nação combate bem na proporção do n.º de homens e de material que possui. E a outra equação é que cada soldado é tanto mais eficiente quanto mais baixo for o seu anterior nível de vida. (...)

Tenente H. - Não me parece.

General C. - Mas acontece que é verdade (...)

Tenente H. - Então, o que tem a fazer é dar-lhes para baixo?

(...)

General C. - O xadrez é inesgotável. Que magnífica concentração de vida.

Tenente H. - Não acho. O que me intrigava acerca do xadrez e que acabou por se tornar aborrecido, é que não tem a mínima semelhança com nada nesta vida.

General C. - Então, que é que você pensa que a guerra é, na sua essência?

Tenente H. - Não sei. mas a guerra não é, com certeza, um xadrez. (...) é como um maldito jogo de futebol. Começa-se com um determinado esquema de jogo e nunca resulta exactamente como se esperava.

General C. - É mais complicado mas vai dar ao mesmo.

Tenente H. - Por amor de Deus, (...) Considere um esquadrão ou uma companhia de homens... que diabo sabe você do que se passa na cabeça deles? Às vezes, admiro-me como se atreve a enviá-los numa determinada missão, como assume essa responsabilidade. Isso nunca o põe doido?

General C. - (...) No Exército, a ideia de personalidade individual é apenas um estorvo. Claro que existem diferenças entre os homens que compõe uma determinada unidade, mas essas diferenças anulam-se invariavelmente umas às outras e o que resta é um valor médio.

(…)

Havia algo de pouco limpo ao ter uma conversa deste género, enquanto algures, lá na frente, podia estar um homem paralisado de medo dentro do seu buraco.”
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19.1.10

Ernesto Che Guevara

ensaiado por Bri |

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É difícil acreditar que foi real e mais, que continua a sê-lo!!!

A história verídica de um homem deformado [deformado a tal ponto que isso lhe valeu a alcunha de Homem Elefante] contada por David Linch.

Verdadeiramente tocante a história de Joseph Merrick [no filme Jonh Merrick], um homem que viveu em Inglaterra, na segunda metade do sec. XIX , com uma doença que lhe provocou deformações em todo o corpo. Além das manifestações da doença em todo o corpo, a cabeça era de tal forma descomunal que garantiu a alcunha.

Depois da rejeição, da exploração, do medo e da repulsa dos demais, que o devem ter feito sofrer o que eu não imagino, acabou por encontrar nas mãos do Dr. Frederick Treves e no Hospital de Londres algum apoio médico e, mais que isso, alguma amizade.
Ali conseguiram encontrar o homem educado, e diga-se bem educado, e sensível que estava escondido por detrás de todas as deformações do corpo e que, como qualquer ser humano, precisa de carinho e atenção.

Filmada a preto e branco, a Londres da revolução industrial e o seu povo parece-nos sujo e injusto.

O filme conta com a participação de Anthony Hopkins [não me vou esquecer daquela primeira lágrima] no papel de Dr. Frederick Treves e, no texto, encontramos verdadeiras pérolas.

“If only I could find her, so she could see me with such lovely friends here now; perhaps she could love me as I am. I've tried so hard to be good.”

Nota 9!


14.1.10

E que pérola...

ensaiado por Bri |

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Nas ilhas Maldivas, além de todas as belezas naturais, pode desfrutar-se de um jantar subaquático.






O restaurante Ithaa (pérola), situado a 5 metros de profundidade, na ilha Rangali garante-nos essa possibilidade.










O preço por refeição oscila entre os 120 e os 250 eur e pelos vistos é aconselhada a reserva com antecedência de pelo menos 15 dias.



Se lá estivesse, com certeza perdia a cabeça por
jantarzinho aqui!


















13.1.10

Limpinho!

ensaiado por Bri |

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Na sua maioria os anúncios a produtos de higiene feminina são bastante maus, mas ainda há aqueles que foram bem pensados!!!


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8.1.10

O regresso

ensaiado por Bri |

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É estranho tentar recomeçar depois deste tempo...


Nada parece ficar como se quer e toca a apagar, escrever, apagar, escrever... Pufff!

Só palavras, palavras, palavras... Lembrei-me de imagens!

Gosto de fotografia, quem me dera aprender a fazer belas fotografias... Assim belas como as de Scott Stulberg, que aqui estão.

Algumas fazem sonhar...



















Há aquelas com as quais viajamos...












E algumas fazem apenas sentir...






"Discovering photography at age ten was the best thing that probably ever happened to me as a kid. And when my father built the coolest darkroom in the basement of our house when I was thirteen , I was in heaven."

Scott Stulberg


Fotos da colecção do sudeste asiático recolhidas na Birmânia, Cambodja e Tailândia por Scott Stulberg.

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