Ensaio sobre tudo e nada

...composições literárias breves, sobre diversos temas ou assuntos, geralmente em prosa, de carácter analítico, especulativo ou interpretativo... ou nada disto...

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First things first…

E o fim de semana começa na sexta à noite… Assim foi…

“Hello, empty room…” Foi uma das que se pode ouvir durante o concerto. Delicioso, pode dizer-se…
Ouvimos falar da “Rose”, who’s sweet… ah! And has beautifull eyes…
Tivemos dirty thoughs e dirty clothes com a space for rent…
Passamos pela Out the door, pela brutal cover da satisfaction e por outras, algumas por agora desconhecidas a adoçarem-nos os ouvidos para o novo album que estará para vir…
Com um som contagiante que nos arranca do bar até à pista, e nos devolve da pista até ao bar, e do bar até à pista, e… por aí fora… assim foi…
Uma presença em palco extremamente apelativa criando uma grande afinidade com o público, enfim umas simpatias que sabem estar em palco…
Nota: Muito Bom

Obviamente, todos estes vais e vens da pista ao bar e do bar à pista, não passam incólumes… Assim, o resto do fim de semana correu a ver os passos dos outros no ecrã…

E assim passei os olhos, no pequeno ecrã, pela barbarie que foi a inquisição espanhola [como terá sido a de qualquer outro lado] com Os Fantasmas de Goya de Milos Forman …
Além de ser mais um exemplo das muitas crueldades praticadas pelo Homem, o filme tem um mais pela muito boa representação de Natalie Portman que, quanto a mim, faz um papel soberbo.
Nota: Valeu-lhe um 7

Nos dias que correm podemos ver, desta feita no grande ecrã, O Escafandro e a Borboleta.
Depois de um acidente cardio vascular, Jean-Dominique Bauby, editor da revita Elle, fica completamente paralisado com o que a comunidade médica chama de Locked-in syndrome. A única parte do seu corpo que não havia paralisado, o seu olho esquerdo foi aquela com o qual teve que aprender a comunicar. O seu olho esquerdo e o seu cérebro, em plena velocidade de cruzeiro dentro de um corpo que não o acompanhava nem um metro...
Vencedor do prémio para melhor realizador em Cannes, o realizador Julian Schnabel, encontrou a realização e os planos ideais para ilustrar o que foi viver “dentro daquele escafandro”… Mostra também o tanto que vale a imaginação, a capacidade de sonhar, e o quanto ajudam a sobreviver… O quanto se aprende, o quanto nos vemos ao espelho, o quanto perdemos e o quanto se ganha quando às vezes parece tarde demais…
…E o quanto vale um objectivo…
Ah! A mim deu-me ainda a vontade de ler o Conde de Monte Cristo! :)
Nota: valeu-lhe um 8
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24.10.07

E vai mais uma revolução sexual?!

ensaiado por Bri |

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De manhã acompanha-me a TSF [ou será que é a Antena 1?] para o trabalho...
[mais ainda agora que algum malvado matrapilho me roubou a antena de rádio e a RUM se ouve tirirutiti jkshjfh piripipopo ajfkhdçfh sjhdjdhfjdh :(...

E, não fosse a minha consciência ter acordado, estaria algures pelo nosso Porto, alguém a chamar-me malvada matrapilha... Sim, porque o primeiro instinto foi olhar para os lados, huuuummmm, algum opel corsa com antena por ai?!

Ah ah! Brigite, dizia o anjinho, enquanto abanava a cabeça negativamente... O que é que tu vais fazer?! Isso não se faz, porque não compras antes uma antena?!?! Hum?! Hum?! Isso não se faz ao próximo... Ou ao carro do próximo, neste caso...

E uma acesa luta se travou entre o anjinho e o diabinho que reclamava da injustiça de o carro dele ter ficado sem antena!
Bom... o anjinho ganhou a batalha e ficou de comprar uma antena...

Cá eu continuo a ouvir a TSF de manhã para o trabalho ;) [não era a TSF, era a Antena 1] ].

Ah bom! Tinha ficado aqui não era?
Então esta manhã, numa rubrica em que o Júlio Machado Vaz [esqueçam a TSF, era na Antena 1] é um dos locutores, falava-se numa das últimas sociedades Matriarcais do mundo. É na China, chama-se o Mosuo e é um subgrupo da etnia chinesa Naxi...

Então vejamos... O Mosuo aparentemente, tem como um dos principais rendimentos o turismo, principalmente o turismo masculino! E porquê?! Este turismo é atraído principalmente pelo sistema sexual desta pequena sociedade em que, as mulheres não saem de casa das suas mães para se casarem e viverem felizes para sempre... Não, quanto muito esse papel caberia aos homens. Pois não é que as mulheres nunca chegam a sair de casa das suas mães e é aí que, depois de os escolherem, elas recebem os homens para a sua actividade sexual... A isto chamam "a visita", que acontece durante a noite e finda a qual, os homens tem que se retirar. E se repararem eu disse "os homens" e não "o homem". Sim porque, tradicionalmente no Mosuo, o conceito de monogamia e de fidelidade [pelo menos nos moldes a que nos acostumamos a interpreta-la] não existem para as mulheres desta sociedade. Ora claro, que o bom turista ocidental ao tomar conhecimento destes costumes deverá pensar imediatamente no paraíso à face da terra e desde logo encetam estratagemas inimagináveis, viagens de trabalho inadiáveis, compromissos infindáveis para uma viagenzinha sem a família directamente para o colo das damas do Mosuo! Bem segundo percebi, não voltam muito satisfeitos já que as mulheres raramente escolhem um homem do exterior para "a visita".
Ora e digo eu! Chiça! Que situação mais estranha! Não, não é a poligamia que é estranha, assumida será mais o termo correcto... Também não a ausência de compromisso...Nem "a visita", esta é uma questão de organização e de estabelecimento de horários... Agora, em casa da mãe?!?!?!?!? Como é que pode!

Uma outra curiosidade é que a paternidade também não é reconhecida no Mosuo. A palavra "pai" nem sequer existe nesta sociedade. Os filhos vivem com as mães, cabendo ao irmão da mãe a educação cívica e moral das crianças. O homem portanto educa os sobrinhos e os seus filhos são, por sua vez educados pelos irmãos da progenitora. Andam portanto uns a educar os filhos dos outros?!?!?! É isto?!

Acrescenta-se que os Mosuos possuem uma linguagem própria, ensinando nas escolas o chinês e a língua Mosuo. Seguem o budismo tibetano e, realmente, parece que vivem num paraíso à face da terra perdidos em terras até há pouco tempo pouco acessíveis, factor que terá sido preponderante para a preservação dos seus costumes. Por quanto tempo mais é a principal questão...

Bom, a curiosidade levou-me a procurar na net como era o sistema produtivo da sociedade, de que forma se organizava o trabalho mas, estranhamente, não encontrei nada sobre isso! Apenas sobre "a visita"! ;)

Benditos estes cantinhos escondidos na grande bola azul que fazem sentir que há sempre algo diferente e mais alguém para descobrir!
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22.10.07

Leonardo Da Vinci - O Génio

ensaiado por Bri |


















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Até 27 de Janeiro de 2008 podemos encontrar no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, a exposição “Leonardo Da Vinci – O génio”.

Nasceu em 1452 numa pequena vila perto de Vinci, na Toscana, filho de uma relação ilegítima entre um notário e uma camponesa. Assim, não tendo sobrenome, passou a ser conhecido como Leonardo Da Vinci.

Foi pintor, escultor, arquitecto, engenheiro, cientista, anatomista e músico [Como é que é possível?!?!]. É verdadeiramente impressionante a colecção de trabalhos que vamos descobrindo ao longo da exposição.

Foi, com certeza, e antes de tudo o resto, um grande curioso e um grande observador. Tinha que ter entre os seus atributos uma grande capacidade de observação e de compreensão do mundo que o rodeia.

Lê-se algures na exposição que olhava o rio, quando pequeno, intrigado com o funcionamento do mesmo. Assistia a autopsias, já mais crescido, para melhor conhecer o corpo humano para os seus trabalhos de anatomia.

Era esquerdino, e foi-o durante toda a sua vida, apesar de todas as tentativas de dissuasão.

Para além disso, escrevia de trás para a frente, sendo a melhor forma de se ler os seus escritos, à frente de um espelho.

Marcava os seus quadros com a sua impressão digital e não com a sua assinatura...

A exposição está dividida em sectores desde máquinas civis, terrestres, máquinas de guerra, aquáticas e estudos sobre anatomia e arte.

Muitas das máquinas reproduzidas, são interactivas, pelo que é bastante interessante para os adultos e para as crianças também.

Vale a pena ver...

Informação adicional:

Bilhetes:
Normal: 6 Euros
Crianças (dos 3 aos 10 anos): 3 Euros
Jovens (dos 10 aos 16) e idosos (+ 60 anos): 4,5 Euros

Horário:
Segunda a Domingo das 10h00 às 22h00
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19.10.07

Les chansons d'amour

ensaiado por Bri |

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…A l'horizon de nos fenetres
plus rien ne bouge plus rien ne vit
comme paris semble disparaitre
dilue dans de l'eau de pluie
a l'horizon le ciel defait
l'ange ruisselant se dessine
on voudrait s'aimer a jamaiss
ous cette pluie que rien ne termine…

As canções são de amor...

São canções de amor, canções de ciúme, canções de perda, canções solidão e de dor, canções de amizade e de ajuda, canções de sedução... e canções de Paris que respira em todo o filme...

No correr do filme e da acção as personagens desembarcam num ou noutro destes sentimentos e aí cantam-nos os seus corações e as suas cabeças.

O filme começa com um relacionamento a três, um rapaz e duas raparigas, desde logo mostrando que aquilo que, aparentemente, foi aceite pelos três [melhor aceite por uns que por outros, pareceu-me :)], caminha a pouco e pouco de encontro aos ciúmes, à insegurança, ao desejo de ser o(a) primeiro(a)...

O amor da família não é passado ao lado... Os almoços, as brincadeiras, as confissões, a partilha, o apoio que se encontra neste lado... E os laços de afinidade que se criam...

Depois a fatalidade... Como geri-la? O que vem depois e o que se faz com a dor ou, será melhor dizer, o que cada um faz com a sua dor!

Gostei [apesar do final que me pareceu bastante inadequado]. Mesmo as alturas de dor e perda eram acompanhadas de uma pequena ajuda, de um pequeno sorriso de alguém, de uma mão que, de alguma forma, vinha ajudar a suportar melhor... Tal como a vida devia ser e, felizmente, tantas vezes o é!

E o anjo continua de asas abertas na Praça da Bastilha...

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18.10.07

Porquê...

ensaiado por Bri |

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Há já algum tempo, tinha um espaço onde publicava algumas curiosidades da minha cabeça e do mundo!

Este tempo foi há já tanto tempo que há já outro tempo [não tão longo como o primeiro tempo] eu pensava em encontrar um outro espaço onde me sentisse confortável em largar algumas palavras...

E foi assim, no meio do tempo, que vos trouxe até aqui, exactamente aqui, neste exacto momento... do tempo... :)

O título, bom o título não é, como alguns de vocês já se devem ter apercebido, não é obra do acaso...
Parte dele ocorreu-me por causa da minha leitura do momento. Pareceu-me uma boa palavra para o título... Ensaio...
Mas ensaio sobre quê?!
Sobre mim?! [calma, calma, não vos ia fazer passar por isso, pelo menos não recorrentemente :) ] Sobre vocês?! [sim, também hão-de cá vir parar] Sobre sons?! Sobre telas, sobre o mundo, sobre a praia, sobre uma pedra, sobre os cheiros, sobre uma mão, sobre um rosto?! Sobre tudo e sobre nada... Sim... É isso...

Ensaio sobre tudo e nada

É isso

Um até breve
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18.10.07

Ensaio n.º 1 - O nada

ensaiado por Bri |

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