Ensaio sobre tudo e nada

...composições literárias breves, sobre diversos temas ou assuntos, geralmente em prosa, de carácter analítico, especulativo ou interpretativo... ou nada disto...

29.7.08

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ensaiado por Bri |

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"And in the end, it's not the years in your life that count. It's the life in your years."

Abraham Lincoln

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25.7.08

Musica pra fazer feliz a quem se ama...

ensaiado por Bri |

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No próximo também vos acompanho ao Triplex…


E com as emoções ao rubro, no fundo das escadas exteriores da Casa da Música, quando olhamos para o lado… Lá estava ele… Sempre sorridente, risonho, brincalhão, rodeado de abraços e flashs!!! Muitos flashs! Foi lindo e realmente ele é um doce [se ainda havia quem tivesse duvidas de que ele é um “Riquinho”, dissipou-as! :)]

“Pra fazer feliz a quem se ama…” cantou Eirik em português brasileiro o Corcovado… E era felicidade que se tinha sentido no ar durante as +/- duas horas anteriores…

Os últimos 15 minutos foram sentados no palco… Perguntaram-nos se não estávamos cansados de estar sentados… Há dúvidas?!  E lá fomos todos para junto ao palco para os ver e ouvir ainda mais de perto! Que liiiiindo…

Tocaram-nos alguns [lindos] clássicos: I don’t know what I can save you from, Misread, Home sick, Toxic girl, Stay out of trouble, I rather dance with you.

Contaram-nos que nos traziam na mala muuuuiiiitos temas novos… Material que, a mim, me pareceu suficiente para 2 novos trabalhos… Sim… Assim, dois logo… Um ainda este ano, uma tour pra 2009… E depois, assim de repente, qualquer coisa como 2010, quando ainda ninguém estivesse à espera… outro… voilá… e outra tour em 2011… Que deliiiiiiiiiiiicia!!! E claro… Sempre a passar pela grande invicta!!! Parece-me exequível! Tanto mais quando me lembro do encantamento de Erlend a relembrar o passeio da tarde por Porto e Gaia e a vista para a Ribeira… “Uuuuuuuooooooouuuuuuu!!!!” disse ele!

Quando já tudo estava em sintonia, entram os músicos convidados do duo e que os têm acompanhado… Um violino [magnifico diga-se] e o contrabaixo [sorridente também], o quadro estava completo… Ou não… Falta referir o trompete [imaginário] que Erlend tocava dentro de si próprio e faz soar ao microfone…E faltam as palmas que ele batia e com as quais brincava com o público à desgarrada… E faltam algumas músicas sentado ao piano… E faltam os dedos a estalar de toda a CdM…

E assim criaram a empatia que todos esperávamos e que é, certamente, bem fácil criar com ambos! Assim, ambos se foram soltando e comunicando cada vez mais com o público. E Erlend cada vez mais castiço… Dançava da forma particular que ele tão bem faz e brincava e ria e Eirik olhava para ele com o olhar terno e cúmplice de um amigo!

Começou… Com Erlend Oye e Eirik Boe, uns banquinhos altos, um piano, espaço para a companhia que viria e sobretudo espaço para a música… Começaram bem calmos com as guitarras dedilhadas a acompanhar as palavras cantadas e algumas palavras faladas que o publico fazia acompanhar de sorrisos e risos…Era pouco depois das 22h15. Ao entrarem em palco, a casa da música recebeu os Kings of Convenience com palmas… Imensas palmas, mesmo antes de sequer serem articuladas as primeiras palavras ao microfone!

Soube tão bem……
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24.7.08

I wanna hurry home to you

ensaiado por Bri |

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E enquanto eu me perdia pelos palcos de Barcelona nos palcos de cá ouvia-se:



[com Manta ou sem ela haverá certamente uma outra oportunidade...]

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22.7.08

Summercase 2008

ensaiado por Bri |

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Rumamos na 5ª feira a Barcelona para mais uma edição do Summercase e para sermos bem recebidos como sempre, pela a hospitalidade da Patrícia.

A cidade… Bem a cidade, deixamo-la sempre com o desejo de lá voltar em breve!

Os concertos valeram bem a pena.. Já lá vamos...

O Parc del forum... Algumas melhorias no espaço quando comparado com o ano passado. Uma melhoria bem significativa foi a de eliminarem uma das duas tendas-sauna do recinto por um palco… Assim este ano tivemos três palcos e apenas uma tenda.
De salientar também o funcionamento do sistema de senhas e dos bares. Não me recordo de uma única vez que tenha sido um sacrifício ir pedir uma bebida, nunca durando a aventura mais que dois minutos.
No lugar dos tradicionais copos de cerveja, tinha que se “alugar” por um euro [reembolsável com a devolução do copo] um copo de plástico mais resistente, reutilizável, que nos acompanhava durante os dias de festival. Bastante eficiente para a limpeza do local mas não o suficiente! Não fosse a bebida preferida do público catalão as garrafinhas de água resultado das substâncias psicotrópicas por eles usadas … :) Assim, o sistema “junta 5 garrafas de águas vazias e entrega-nos que oferecemos-te uma” foi utilizado pela organização.
Como ponto negativo há a referir que sempre que no palco onde estávamos o volume de som baixava, lá se ouvia ao fundo a música do palco mais próximo… 4 palcos naquele espaço talvez seja muito….

Grinderman… O Senhor Nick Cave é sempre uma bela presença em cima do palco… Ainda mais quando a luz do dia nos deixa aprecia-lo devidamente… Houve até quem me perguntasse quem era aquela figura! O senhor Nick Cave e seus acompanhantes também serão certamente e no mínimo caricatos para quem não o conhece! O projecto Grinderman não é, com certeza, o que mais aprecio dele. Não me senti por isso maravilhada sendo, no entanto, sempre um verdadeiro gosto poder olhar aquele seu bigodinho e os seus gestos mais de perto.


Depois de uma pequena pausa para umas sandes acompanhadas de um vídeo dos Soulwax foi a vez de subirem ao palco os Interpol!!! Divinais como sempre… Uma música atrás de outra a fazer-nos pedir por mais!!! Por muito mais… Quando ouvi os primeiros acordes da C’mere, “perdoei-os”, pela falta desta no último concerto… Aaaaaaaaaiiiiiiiii… Deliciosa… Ainda exteriorizei a euforia com uns saltos numa ou noutra musica mas a minha caixa torácica queixava-se durante os 5 minutos seguintes! Deixei-me ficar de pés assentes no chão apenas com braços, voz e, claro, cabeça no ar.

Chegava a vez de Ettiene de Crecy um bom aquecimento para o que se seguia… Com um jogo de luzes bem conseguido e alguns clássicos a agitar as massas, prepararam o caminho para os grandes 2 Many DJ’s a que eu já assisti sentadinha na bancada a admirar-me com a energia e a euforia constante e contagiante do público incansável…

O dia seguinte começou com The Breeders ainda à luz do dia! Gostava de ter visto o concerto de início! Sempre bastante comunicativas cativaram o público com hits com alguns clássicos como Cannon Ball uuuhhhuuuuhhuu taranana uuuhhhuuuuhhuu taranana [tão a ver? :) ]e até com a cover dos Beatles Happiness is a warm gun!!! Ora bem… foi um concerto bem riquinho, se bem me entendem!

Foi a vez de entrarem no palco os Sex Pistols. Bem e quem diz que a idade pesa… Ou que as drogas matam… Desenganem-se…Enérgicos. Provocativos. Irreverentes. Cinquentões. Ah… e uma real personagem ao micro! Colei! De uma forma que quando descolei quase fui ao chão! :) Com pena, não pude acompanhar o concerto até ao fim... Talvez numa próxima que não digo que não!

O penúltimo concerto a ser visto na integra foi dos CSS. Desta vez novamente sentadinha na bancada a salvar algumas energias para o final que estava para vir. Energia q.b. e algum portunhol à mistura…

Tiga fechou a segunda noite e o festival em apoteose com o público ao rubro! Sem preconceitos e com muita garra Tiga prendeu a multidão até ao último minuto e talvez mais… Ficando nos próprios a pensar que não podia ter acabado tão cedo… E dizia-se: verdadeiro espancamento! lol

Pelo meio ficaram The Verve, Kigs of Leon, Mogway, Kaiser Chiefs, Foals, Los Campesinos em que so dei uma olhadela e imensos outros que nem sequer espreitei…

Deliciosos estes dias… E obrigada Patrícia mais uma vez! ;)

Um até para o ano…
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16.7.08

Bota na conta do Papa

ensaiado por Bri |

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Folheto informativo

O que é o Tropa de Elite?
O Capitão Nascimento conta-nos, na primeira pessoa, a sua história enquanto chefe de uma equipa do BOPE.
O Coronel Nascimento estava prestes a ser pai e é incumbido de "limpar" uma favela do Rio de Janeiro, preparando-a para a visita do Papa! Prestes a entrar num esgotamento, precisa de encontrar alguém que o substitua no comando da sua equipa. Esse alguém será escolhido de entre uma série de policias em formação para entrar no BOPE.


O que precisa de saber para ver a Tropa de Elite?
Não precisa de saber nada, mas já agora...
O BOPE é Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro.
Numa sociedade em que quase tudo e quase todos são corruptíveis, o BOPE uma força militar do Rio de Janeiro conhecida pela incorruptibilidade dos seus membros na luta conta o crime em zonas de alto risco [AKA favelas].
A sua honestidade é inquestionável... Os seus métodos...

Efeitos secundários indesejáveis:
Alguns efeitos indesejáveis têm sido descritos pelos espectadores do filme. Estes efeitos indesejáveis podem ocorrer durante a sessão ou no final enquanto reflecte sobre o filme e, geralmente, tendem a diminuir com o tempo/afastamento:
Frequentes:
Praguejar continuamente com um sotaque brasileiro;
Há relatos de quem fique de boca aberta em algumas das cenas ou com a globalidade do filme;
Poderá sentir necessidade de fechar os olhos numa ou noutra situação;
Pensar novamente naquela expressão tantas vezes usada e gasta: É o fucking system;
Caso algum destes sintomas reincidir durante o filme, persista.

Mais sobre a tropa de Elite:
O argumento contou com a colaboração de um ex-BOPE cujo sonho era ser Advogado e uma das personagens do filme é baseada no próprio;
Durante as filmagens uma carrinha carregada de armas [grande parte delas falsas] foi roubada da favela Chapéu de Mangueira e as filmagens interrompidas por uma semana.
Antes de sequer chegar às salas de cinema o filme já tinha sido visto por 11.5 milhões de pessoas através de cópias piratas a circular...




Gostei bastante do filme… É cru e envolvente... Chocante e até divertido… Acima de tudo é extremamente real!

A curiosidade levou-me a ler algumas coisas sobre o filme depois de o ver e descobri, numa página de um jornal uma entrevista ao Sr.º Pimentel, o co-argumentista ex polícia BOPE. Cito um parágrafo:

“Mr. Pimentel said he became disillusioned with BOPE after Operation Holiness. “The police have forgotten their main mission,” he said. “We were not there to serve and protect. We were just fighting a private war against the drug traffickers.”

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"Quando um Bope entra numa favela ele entra para matar, não para morrer"

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16.7.08

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ensaiado por Bri |

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"Tudo aquilo de que me arrependo está entre servir o vinho e pegar no copo."

Anne Enright, in Corpo Presente, 2007

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