.
Linda!
.
.
Dois dias [hilariantes] em Paris
A estreia de Julie Delpy na realização resultou numa comédia romântica hilariante com um texto e humor muito bom!
Chegados de umas pequenas férias em Veneza, Jack e Marion, resolvem passar dois dias em Paris [aaaahhhh! E que bela escolha!!]…
Aí, reencontram a vida passada de Marion, o apartamento, os pais pouco ortodoxos, a irmã desbocada, os amigos alternativos e os ex!
Um pouco demais para um hipocondríaco/semi-paranóico/ meio-convencional americano!
A relação de Jack com os pais de Marion [que, por curiosidade, são os pais verdadeiros dela], as diferentes derivações das paranóias de Jack, as pequenas desavenças de ambos, o encontro com os diferentes amigos, tudo resulta numa risota do princípio!
Uma menção especial para Adam Goldberg cuja representação é de chorar a rir!
.
Por isso cá fica uma ideia! Quando me quiserem oferecer uma prenda e procurarem alguma coisa diferente, que eu ia achar o máximo, na qual eu nunca pensaria e nem sei que existe…
Podem oferecer-me os Amiguri Star Wars que são TOP!







.
Em 1994, 800 mil Tutsis, a minoria étnica do Ruanda foram mortos.
Em Shooting Dogs são retratados os dias que antecedem o massacre. O avião onde se deslocava o presidente do país, de etnia Hutu, sofre um atentado e o presidente morre o que vem acordar toda a violência dos Hutus e a revolta nas ruas. Na Escola Técnica Oficial, dirigida por um padre europeu, onde está sediada uma força da ONU, pedem auxílio cerca de 2500 tutsis que fogem da morte. O caos instala-se no país. Nas ruas milícias armadas com catanas matam todo e qualquer tutsi ou apoiantes de tutsi que encontram. Barricadas são montadas nas ruas. O apoio do governo Hutu. Homens, mulheres, grávidas, crianças… Durante esses dias, a escola começa a ficar cercada de Hutus que apenas se detinham pelas forças da nato que se ainda se encontravam na escola. Alguns dias passados, as forças da ONUe os estrangeiros que ali se encontravam são evacuados… Foram 2500 tutsis naquela escola, 800 mil tutsis no país…
Há duas coisas que me impressionam particularmente no filme e no que aconteceu.
Uma delas é o facto de a ONU estar no país! A sua missão era monitorizar a paz, o que quer que isso seja, já que acontecia o que acontecia e nada era feito. Um genocídio teve lugar debaixo da moralista comunidade internacional sem que nada fosse feito para ajudar aquelas criaturas sem sítio para onde fugir.
E a outra é o comportamento das milícias armadas Hutus. É incrível! Autênticos animais selvagens com facas do tamanho de motosserras, sem o mínimo de consciência humana e do que é a vida, dançavam, cantavam e riam enquanto espalhavam corpos pelas estradas!
Mas tudo isto foi no passado… No século passado! Agora estamos no séc. XXI… Agora tudo deve ser diferente!
Este fim-de-semana, na Nigéria, centenas de pessoas, cristãos, foram chacinadas brutalmente por muçulmanos, a maioria no país. Em Janeiro, no mesmo país, 300 pessoas foram assassinadas na sequência de conflitos étnicos/religiosos.
O número de vítimas é bem inferior! Mas a brutalidade e os animais selvagens continuam a lá estar!
Não se entende!
.
.
James Cameron e Kathryn Bigelow ontem na cerimónia dos Oscars 2010.
:)
.
.
Ontem foi noite de Shutter Island!
O filme estreou em Cannes e gerou opiniões controversas!
Ora, ele há cinéfilos que o consideram brilhante e há os que o consideram mediano!
Ele há quem ache que é Scorsese no seu melhor e há quem ache que Scorsese é capaz de melhor!
Eu, como mera espectadora, gostei do filme!
Dois marshals são enviados para Shutter Island, uma ilha-prisão-hospital psiquiátrico para investigar o estanho desaparecimento de uma prisioneira-paciente.
A recepção da equipa de médicos e enfermeiros ou mesmos por parte dos paciente não é a mais calorosa nem a mais colaborativa!
A atmosfera de insanidade paira no ar durante todo o filme! As vidas passadas, que nunca chegam a ser passadas, são-nos apresentadas com todos os traumas que trazem e o peso que deixam...
A conspiração aparece e vai-se vai intensificando a par com o suspense que traz consigo os [meus] ridiculos saltinhos na cadeira!
E claro, nota positiva para o Leonardo, por um papel bastante completo e uma boa representação.
Pareceu-me bem! Gostei! Surpreendeu-me!
Valeu um 7!
.
.
A miúda que valia um milhão de dólares…
Um filme a la Clint…
Maggie, uma jovem de classe baixa cujo sonho é ser uma grande lutadora de boxe! Frankie, um homem sério e só, que o passado afastou completamente da filha e em quem Maggie vê o treinador que a vai tornar numa das melhores!
O treinador e a aprendiz aproximam-se e acabam por encontrar um no outro aquilo que mais precisavam...
Para completar mais alguns ingredientes à mistura: o boxe, a família, a religião, o amor, a amizade, a perda, a deslealdade, a entreajuda, a ganância!
Um filme que, em 2005, ganhou 4 Oscars entre os quais o de Melhor Realizador e Melhor Filme, que ainda não tinha tido oportunidade de ver. Conta com a participação de Clint Eastwood, Hilary Swank e o grande Morgan Freeman!
Gostei!
Valeu um 7!
.
.
Huuuuummmmmm! :)
.
.A estratégia usada por Nelson Mandela para criar a união e o espírito de país na população branca e negra da República África do Sul depois da sua eleição como presidente. A forma como usou o rugbi, por tradição um desporto de brancos, e a equipa nacional, como os inspirou e, com isso, inspirou o país!
Um pouco de Nelson Mandela, da sua abordagem à política, da sua abordagem às pessoas e da sua incrível capacidade de perdoar…
E um pouco de África do Sul, da sua pobreza e dos seus ódios raciais tão instalados…
Realizado por Clint Eastwood com Morgan Freeman no papel de sorridente Matiba e Matt Damon de capitão da equipa de rugbi.
Gostei bastante do filme… Sai-se da sala com uma boa sensação, como que a acreditar um bocadinho mais na humanidade.
A oscilar entre o 7 e o 8, mas o Morgan Freeman e alguns pormenores valeram-lhe o 8.
.
You're not an elephant man at all. You're a Romeo.
.
É difícil acreditar que foi real e mais, que continua a sê-lo!!!
A história verídica de um homem deformado [deformado a tal ponto que isso lhe valeu a alcunha de Homem Elefante] contada por David Linch.
Verdadeiramente tocante a história de Joseph Merrick [no filme Jonh Merrick], um homem que viveu em Inglaterra, na segunda metade do sec. XIX , com uma doença que lhe provocou deformações em todo o corpo. Além das manifestações da doença em todo o corpo, a cabeça era de tal forma descomunal que garantiu a alcunha.
Depois da rejeição, da exploração, do medo e da repulsa dos demais, que o devem ter feito sofrer o que eu não imagino, acabou por encontrar nas mãos do Dr. Frederick Treves e no Hospital de Londres algum apoio médico e, mais que isso, alguma amizade.
Ali conseguiram encontrar o homem educado, e diga-se bem educado, e sensível que estava escondido por detrás de todas as deformações do corpo e que, como qualquer ser humano, precisa de carinho e atenção.
Filmada a preto e branco, a Londres da revolução industrial e o seu povo parece-nos sujo e injusto.
O filme conta com a participação de Anthony Hopkins [não me vou esquecer daquela primeira lágrima] no papel de Dr. Frederick Treves e, no texto, encontramos verdadeiras pérolas.
“If only I could find her, so she could see me with such lovely friends here now; perhaps she could love me as I am. I've tried so hard to be good.”
Nota 9!
E, apesar de não terem sido necessárias várias tentativas, o filme também não é fácil.
A história de uma mulher adulta que ainda vive com a sua mãe dominadora que lhe controla todos os passos e acções.
Uma mulher talentosa, culta, exigente e admirada professora de piano.

Verdadeiramente doentio.
.
Um devaneio dos manos Coen…
Consegue-se compreender o porquê de ter sido incluído na Triologia Idiota como eles carinhosamente chamam ao conjunto de três filmes que este veio concluir.
Todos os personagens do filme são completos idiotas, cada um à sua maneira [sendo de realçar a idiotice da personagem desempenhada por Brad Pitt que é de bradar aos céus].
O desenrolar dos acontecimentos é uma idiotice completa também [e inesperada penso que se poderá dizer].
As prestigiadas organizações estatais, suas decisões e as conclusões uma completa anormalidade.
E para completar esta idiotice: o meu vizinho de cadeira, a quem lancei uns lançares fulminantes que não tiveram grande efeito, era o mais perfeito idiota. Enquanto o filme ia decorrendo ele ia presenteando os seus amigos e as pessoas à volta com o relato dos acontecimentos e as suas, digamos, “brilhantes” conclusões.
Bom, o resultado foram umas boas gargalhadas, apesar de não serem tantas quantas eu esperava.
Ah! Gostei da participação de John Malkovich… Huuummm… Talvez ele dissesse: “Who the fuck would think of this movie!”
.
.
Já se pode ver o trailer do novo filme dos Coen, Burn After Reading, que chegará às salas da Europa mais para o final do ano!
A comédia vai abrir o Festival de Cinema de Veneza de 2008 e conta com as participações de Brad Pitt, George Clooney, Jonh Malkovich, Tilda Swinton, Frances McDormand entre outros.
Assim de repente, tipo em 1.48 min, parece-me que me vou... partir a rir com o filme e adorar a interpretação de Brad Pitt.
:)
.
.
Folheto informativo
O que é o Tropa de Elite?
O Capitão Nascimento conta-nos, na primeira pessoa, a sua história enquanto chefe de uma equipa do BOPE.
O Coronel Nascimento estava prestes a ser pai e é incumbido de "limpar" uma favela do Rio de Janeiro, preparando-a para a visita do Papa! Prestes a entrar num esgotamento, precisa de encontrar alguém que o substitua no comando da sua equipa. Esse alguém será escolhido de entre uma série de policias em formação para entrar no BOPE.
O que precisa de saber para ver a Tropa de Elite?
Não precisa de saber nada, mas já agora...
O BOPE é Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro.
Numa sociedade em que quase tudo e quase todos são corruptíveis, o BOPE uma força militar do Rio de Janeiro conhecida pela incorruptibilidade dos seus membros na luta conta o crime em zonas de alto risco [AKA favelas].
A sua honestidade é inquestionável... Os seus métodos...
Efeitos secundários indesejáveis:
Alguns efeitos indesejáveis têm sido descritos pelos espectadores do filme. Estes efeitos indesejáveis podem ocorrer durante a sessão ou no final enquanto reflecte sobre o filme e, geralmente, tendem a diminuir com o tempo/afastamento:
Frequentes:
Praguejar continuamente com um sotaque brasileiro;
Há relatos de quem fique de boca aberta em algumas das cenas ou com a globalidade do filme;
Poderá sentir necessidade de fechar os olhos numa ou noutra situação;
Pensar novamente naquela expressão tantas vezes usada e gasta: É o fucking system;
Caso algum destes sintomas reincidir durante o filme, persista.
Mais sobre a tropa de Elite:
O argumento contou com a colaboração de um ex-BOPE cujo sonho era ser Advogado e uma das personagens do filme é baseada no próprio;
Durante as filmagens uma carrinha carregada de armas [grande parte delas falsas] foi roubada da favela Chapéu de Mangueira e as filmagens interrompidas por uma semana.
Antes de sequer chegar às salas de cinema o filme já tinha sido visto por 11.5 milhões de pessoas através de cópias piratas a circular...
Gostei bastante do filme… É cru e envolvente... Chocante e até divertido… Acima de tudo é extremamente real!
A curiosidade levou-me a ler algumas coisas sobre o filme depois de o ver e descobri, numa página de um jornal uma entrevista ao Sr.º Pimentel, o co-argumentista ex polícia BOPE. Cito um parágrafo:
“Mr. Pimentel said he became disillusioned with BOPE after Operation Holiness. “The police have forgotten their main mission,” he said. “We were not there to serve and protect. We were just fighting a private war against the drug traffickers.”
!!!!!
"Quando um Bope entra numa favela ele entra para matar, não para morrer"
!!!!!
.
Tendências...
.
Todos nos que temos a felicidade de habitar nessa grande urbe europeia que é o Porto ou suas redondezas temos reparado que, nos últimos tempos, alguma coisa mudou a nível de espectáculos musicais…
A tendência que se vinha a verificar nos últimos anos de uma [quase] total ausência de concertos, reverteu-se. Ele há-os todas as semanas por aí espalhados…
Resultado: Bilhetes completamente esgotados ou, quando não esgotados, quase.
Recordemos por exemplo Kusturica and The No Smoking Band, Portishead, Vitalic, The Kills, Nick Cave and the Bad Seeds, Einsturzende, Kings of Convenience e mais que haverão…
O Coliseu do Porto, a Casa da Música, o Cinema Batalha, o Teatro Sá da Bandeira tem visto os seus interiores recheados de alegres nortenhos “sedentos” de música e de um contacto mais próximo com as bandas.
1ª Parêntesis: Dia 18 de Julho no Centro Cultural Vila Flor em Guimarães – The National [eu estava bastante sedenta de um contacto mais próximo mas… outras cidades estão no meu planeamento para esse dia :(]
Não sei o que terá estado por trás desta mudança [para alguns destes concertos terá contribuído o apoio da Optimus]. A mim como mera espectadora, parece-me apenas uma mudança extremamente positiva tendo em conta a adesão em massa do público nortenho a este fenómeno.
2º Parêntesis: Pena é que a tendência de preços não tenha sido esquecida! Em alguns casos de trinta em trinta vão voando os euros!
Mas o que tem a crescente tendência de concertos no Norte a ver com o nada sobre o qual ia escrever: Nada! Mas lembrei-me disto! :)
É que uma outra tendência que se veio a verificar nos últimos anos no Porto, foi o encerramento de alguns cinemas tradicionais. Temos o caso do Passos Manuel, do Nun’Álvares ou olhando mais para trás, outras sala de cinema mais tradicionais e emblemáticas Trindade, Lumiére, Pedro Cem…
Fora do contexto das grandes salas de cinema restam-nos, com uma programação regular, os Cinemas Cidade do Porto e uma sala no espaço Cine Estúdio do Teatro Campo Alegre.
Ora, recentemente, começou a discutir-se também o encerramento dos Cinemas Cidade do Porto. Esta notícia resultou num abaixo assinado que contou com centenas de assinaturas mas, tanto quanto sei, o desfecho deste filme ainda não é conhecido…
Temos o cinema Batalha, cujo edifício foi recentemente remodelado, mas consultando o site, aparece-nos a observação: Não existem Itens a exibir. Não basta remodelar os espaços, é preciso revitaliza-los!
Resultado: quantas vezes vemos filmes estrearem em Portugal que nem sequer tem passagem pelo Porto [tão somente a segunda maior cidade do país]???
3º Parêntesis: Estreia esta semana o filme Califórnia Dreamin’. A acção do filme acontece em plena guerra do Kosovo, quando um comboio que se dirige para a Jugoslávia é retido numa cidade abandonada...
O filme ganhou o prémio principal da secção Un Certain Regard em Cannes e foi realizado por um promissor jovem realizador Romeno que, vítima de um acidente de viação aos 27 anos, não chegou a ver o filme chegar às salas de cinema.
Fiquei com vontade de ver o filme… Resultado: O filme não está em exibição neste distrito.
Bom… tudo isto para perguntar… Não seria hora de mudar também esta tendência?!
Entretanto vi algures na net, que o Porto tem a árvore mais alta do mundo?! Onde é que eu não a vejo?! ;)
.
.
Quando para breve está a estreia o novo filme de Francis Ford Coppola “Youth Without You”, “Uma Segunda Juventude” diz o título Português, tive a oportunidade de ver um dos seus mais conhecidos filmes “Apocalypse Now”, “Apocalipse Now” diz o título Português. ;)
Foi também muito oportuno ver o filme apenas agora uma vez que tinha, há umas semanas apenas, acabado de ler “O Coração das Trevas” de Joseph Conrad, a tal obra que o inspirou para o filme. Fresco na minha memória ainda… :)
Confesso que tive alguma dificuldade em ler o livro… Um livro que não terá mais do que umas cento e poucas páginas e que me demorou uns bons meses a terminar… Bom, nesses meses, a vida recheou-se de outras actividades que não deixavam grande tempo para a leitura mas, de qualquer das formas, o livro apenas me começou a prender a atenção depois de passar o seu meio. A escrita de Conrad é bastante densa, tão densa como a selva que ele descreve de onde pequenos olhos o observavam enquanto ele sobe o rio… Densa e poética penso que posso dizer isto… O marinheiro Marlow conta-nos, na primeira pessoa, a sua assustadora aventura a subir o rio Congo, em busca do enigmático Kurtz, um comerciante de marfim. O livro versa sobre o comércio de marfim, sobre a colonização, sobre os negros, sobre a condição humana, sobre a loucura e sobre o insano… Deixando-nos sempre do principio ao fim, e até para além do fim, uma vontade de conhecer e principalmente de perceber Kurtz… Aquela pessoa e aquela voz que Marlow imagina e que todos pareciam admirar e até amar mas que sucumbiu à loucura do poder desmedido sobre tudo e sobre todos…
Kurtz é um dos pontos comuns entre o Apocalipse Now e a sua fonte inspiradora O Coração das Trevas. No filme Kurtz representa de igual forma o homem capaz e promissor, profissional, sábio e eloquente que se perdeu na loucura da selva e de um mundo que se apresentava também ele completamente enlouquecido. Quanto a mim, tendo em conta o que a voz de Kurtz era um ponto fulcral da personagem Kurtz que me foi apresentada no livro, Marlon Brando foi o actor mais bem escolhido para o papel.
No lugar do comércio de marfim e da colonização temos a Guerra do Vietname… E que visão da Guerra do Vietname… Que visão do povo americano que ali combatia tão sem princípios… Tão vazios… Sem moral… Sem motivo… Sem rumo… Tão sem sanidade já… Também eles completamente enlouquecidos… Em moldes bem diferentes de Kurtz, que enlouquecer como ele é para alguém muito capaz, mas todos eles enlouquecidos…
Na primeira cena do filme ouvimos cantar o fim do mundo com a música dos Doors, e durante todo o filme vamos caminhando rio acima até ao Cambodja, de encontro a ele… Ao Apocalipse no meio da selva…
Uma loucura de filme a não perder… Um 10 ;)
.
Warning: May contain spoilers
Um mecânico (Colin Farrell) viciado em álcool, em comprimidos e no jogo!
O irmão “promissor” (Ewan McGregor), apaixonado por uma jovem actriz de teatro, que fingia ser aquilo que não era, um abastado investidor imobiliário.
Problemas financeiros.
O tio novo rico que sempre fez grandes favores económicos à família sem nunca pedir retribuições… Até o dia…
A solução para os problemas dos três assenta numa acção, digamos, nada moral e menos ainda legal.
A consciência…
E pronto… Basicamente é isto que nos conta o Woody Allen neste Sonho de Cassandra…
As piadas não tem grande piada apesar de nos fazerem rir um pouco [não tanto como ria o casal atrás de mim]. Pareceu-me até que a figura de Collin Farel está até um pouco ridicularizada demais e anda ali algures entre o cómico e o patético! Parece-me até que desvirtua um pouco o papel que a personagem podia ter tido no filme.
Não se cria nenhuma relação com as personagens, não deixam nenhuma marca e a sua caracterização anda sempre em volta dos pontos atrás.
O cerne da questão, a solução para o problema dos três e a consciência, é tocado muito ao de leve, anda ali meio embebida no álcool e nos comprimidos, nos comprimidos e no álcool e entretanto… O filme já acabou…
O final surpreende um pouco mas é de longe um final original assim como o filme.
Em busca dos pontos positivos… Bom, eu gosto de filmes com “pessoas com que nos cruzamos todos os dias”… E aqui as personagens são simplesmente essas pessoas. Não há grandes vilões [ou se os há não são eles que mais nos prendem a atenção] e não há também “anjos à face da terra”. Há pessoas que, como qualquer pessoa, sujeitas a pressões e cujas acções, boas ou más :) acontecem na sequência dessas pressões. E pouco mais há que isso...
Valeu-lhe um 6.
.
.
Estreia dia 17 de Janeiro de 2008
.
Categories
- sobre o mundo... (33)
- sobre o som... (28)
- sobre a tela... (23)
- sobre mim... (15)
- sobre alguém... (10)
- sobre o livro... (8)
- sobre nada... (6)
- sobre fotografia... (2)